17 de fevereiro de 2010

To marry or not to marry?



Desde pequena que sonhava em casar, ter filhos e ser feliz para sempre, estilo filme de Hollywood. Pois bem, eu casei, divorciei e não tive filhos e o tempo ensinou-me que essas coisas de Hollywood é mesmo só dentro dos ecrãs e pouco mais.
A vida é algo mais imperfeita e exigente do que nos filmes e os planos não saiem propriamente como nós imaginamos ou sonhamos.
O certo é que mal me divorciei, deixei de acreditar no casamento e muito menos naquela festa que costumam fazer, com 300 mil convidados, muitos deles estranhos, para celebrar essa coisa chamada "casamento". Pois bem, depois te ter provado o sabor amargo do divórcio, decidi que casamento, "never more"! nem por cima do meu cadáver!
Enfim, o tempo foi passando e apaixonei-me novamente, mas continuei com trauma do casamento. Continuo a achar que um papel não diz nada de uma relação nem faz com que ele se imortalize pela força de um documento impresso, a preto e branco.
Papel aparte, a palavra "casamento" carrega uma má vibração, uma má energia: soa-me a prisão, a obrigação, a sufoco, a regra, a disciplina, ou seja, não me soa bem. De todo.
Hoje, apesar de ainda não ter mudado totalmente de opinião sobre o assunto, tomei noção de que um papel só vale aquilo que quisermos que valha e que o valor do mesmo tem de valer por aquilo em que acreditamos, e sobretudo, por aquilo que sintamos pela pessoa que amamos. Ou seja, embora não esteja totalmente curada, já sou capaz de me imaginar casada, novamente.
Não sonho com isso, de todo, nem acho essencial para a minha relação ser real, mas sei que o casamento oferece um enquadramento social que favorece e em muito na aceitação e consequente integração da pessoa que acaba de chegar a uma família "estranha".
No fundo, hoje em dia, só consigo entender o interesse e a utilidade do casamento nesse sentido. Pouco mais do que isso. E se a integração e aceitação da pessoa amada passar por aí, não terei problemas algum em casar de novo, sem pompa e circunstância, é certo, mas sim, sou capaz de lidar com a situação com naturalidade, isenta de sonhos cor de rosa: quero apenas que seja real e,já agora, que seja a celebração de um amor bem vivo que merece ser festejado.

2 comentários:

  1. Olá amiga

    Eu casei a primeira vez de branco não que a festa fosse mto grande porque nunca gostei de comportamentos por obrigação, mas também já foi há uns anos, em que o casamento podia ser em casa ou num restaurante, enquanto hoje o casamento tem que ter a familia, os amigos e aqueles que por vaidade e ostentação dos noivos/ familias também são convidados e o local tem que ser SEMPRE numa QUINTA.
    Para mim isso são comportamentos socias deprimentes e negativos...

    Casei uma segunda vez, vestido cinzento claro, convidados amigos festa num restaurante onde hoje é o AMO-TE MECO e que se chamava Mequinhos ( que hoje está localizado noutro lugar),convidados como disse amigos do coração e familia mais próxima 20 e tal pessoas, adorei teve outro sabor , foi uma opção a dois em que o meu filho mais velho foi padrinho e a filha do meu marido a madrinha...

    Socialmente/oficialmente deixei de ser a "outra"
    ele é "realmente" meu marido, calei bocas, o que sinceramente adorei.

    Para mim que se lixe o Socialmente correcto, mas para o nosso sentimento e para a força da nossa relação foi uma passo muito importante e que na data é festejado com todo o amor e duma forma mto especial..

    Faz o que te apetecer.. os outros ??? que se lixem !!! (mas por vezes dar umas chapadas sem mão, sabe realmente bem!!)

    Desculpa o discurso
    Mil Jokas boas

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  2. Concordo plenamente contigo e eu tb vou adorar dar essa chapada como dizes. Podes estar certa disso e eu tenho noção disso.
    Um beijinho enorme pois adoro as tuas achegas.

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