19 de fevereiro de 2010

Ser eu

Identidade.
Tudo na vida se resume a ter uma identidade.
Uma identidade bem definida, com contornos claros, sedimentados nas experiências, boas ou más.
Quer se fale de identidade individual ou de identidade colectiva, a definição da identidade é seguramente o 1º passo para a felicidade.
Ser feliz é acreditar naquilo que somos, ontem, hoje e amanhã. A felicidade é um somatório de momentos passados, consolidados no presente e transpostos para o futuro.
Identidade é memória, feita objecto e realidade em nós.
O acto de construir uma identidade é um acto consciente de busca e de redefinição do eu na sua interacção com o outro, aquele outro que inconscientemente apela à nossa consciencialização identitária.
A identidade é um processo vivo que se define na confrontação e demarcação do outro. Ser eu sub-entende viver lado a lado com o inimigo, com o outro, com o não-eu.
Ter ou adquirir uma identidade, afirmar o meu eu, é um processo sempre renovado, feito de altos e de baixos.
De altos quando a certeza habita em nós, quando sabemos o que queremos, o que somos, o que desejamos.
De baixos quando andamos perdidos e incertos do que queremos e do que queremos ser.
A identidade é uma busca profunda das nossas raízes, uma luta interior sem fim, simultaneamente ingrata e compensadora.
A identidade é essencial ao bem-estar e ao equilíbrio de cada um de nós porque é ela quem nos proporciona a estabilidade emocional e o reconforto espiritual imprescindíveis ao nosso desenvolvimento físico e intelectual.
Sem as minhas "fronteiras" , não conseguirei nunca estabelecer metas e definir objectivos cada vez mais ambiciosos.
Sem ela não posso viver em paz.
Sem ela não posso crescer e ser alguém.

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