29 de outubro de 2010

Bom Fim de Semana


Bom fim de semana a todos/as que por aqui passam. Um fim de semana muito feliz e tranquilo. O meu sê-lo-á com toda a certeza.

27 de outubro de 2010

Lack of time


Ando sem tempo, ou melhor, passo o tempo todo a correr atrás do tempo, com o sabor amargo de não ter aproveitado da melhor forma o tempo que já passou. Ando sem tempo para escrever aqui. Teria muito que dizer mas não tenho tempo nem energia para escrever tudo quanto eu gostaria. Desde que cá cheguei divido-me por entre múltiplas tarefas que me desgastam e que me deixam pouco tempo para fazer o que realmente me dá prazer. Aqui ainda não consegui determinar dias fixos de ginásio porque o cansaço varia muito de dia para dia. Aqui, toda e qualquer deslocação é feita de carro, o que me consome tempo, imenso tempo. As aulas consomem-me tempo útil para a redacção da tese e o cansaço acumula-se, juntando-se à sensação de frustração que se instala por não ter alcançado os objectivos propostos para a semana. Dias e meses difíceis estão para vir. Corro para dormir, corro para estar com as pessoas à minha volta, corro para dar aulas, corro para trabalhar na tese, corro para ir ao ginásio e no final da semana sou presenteada com a bela sensação de missão não cumprida. A minha vida anda no sentido contrário dos ponteiros do relógio, ou seja, para trás. O meu único prazer é poder estar com as pessoas que amo, prazer este que se esbate pela omnipresença do sentimento de culpa que se instala. Conclusão, Portugal está em recessão e eu também. Ou eu mudo de atitude ou estou em depressão daqui por uns meses. Simples não? Ora.

18 de outubro de 2010

Acredito nisto....


Mas que custa, custa...sobretudo quando se pensa naquilo que se deixa de fazer, os prazeres da vida que passam um pouco ao lado, tudo em nome da sobrevivência e do amanhã que ninguém sabe se ele irá vir.

Enfim...


Se me tivessem dito que uma aulinha de 30 minutos de Power Plate me iria pôr de rastos e que teria de recuperar durante dois longos dias, pois, teria pensado duas vezes antes de me atirar de cabeça numa aulinha direccionada para os habitués do ginásio. Qual habituada qual quê! Aquilo é de uma violência para as articulações que vou ali e volto. Faz bem aos músculos, que tonifica, tonifica, sem a menor sombra de dúvidas, mas que não é para ser feito de ânimo leve, estilo, na potência máxima logo na 1ª aula, isso é que não. De todo. Sinto-me num frangalho e só me apetece bater na prof que me deu orientação nesse dia.

15 de outubro de 2010

Fed up

Como é possível ver televisão portuguesa? melhor, como é possível apreciar televisão portuguesa quando a maioria dos programas são nivelados por coisas bizarras como sendo a Casa dos Segredos e novelas sem fim. Ligo muito pouco ver mesmo nada à televisão, mas é duro chegar à cama e querer desanuviar a cabeça ligando a TV e ter de chegar à conclusão que o melhor é deixar aquela coisa parada, estilo sem imagem e sem som: morta. Já sei que estamos em época de crise e que é preciso animar a malta, mas assim não. No way. Fico ainda mais deprimida. Essa é que é essa. E saturada.

Constatação do dia

Tenho para mim que trabalhar 7 dias sobre 7, numa média de 10 horas por dia, não vai dar certo. Tenho de pensar num plano B porque tempo nem sempre é sinónimo de eficácia e rentabilidade. E como diria o Maquiavel, eficácia acima de tudo, estratégia, sim, mas que seja uma estratégia produtiva. Portanto, vamos lá reconsiderar.

14 de outubro de 2010

O aconchego de casa



E a vida ganha sentido, devagar, muito devagar. Tudo volta ao seu lugar, ao lugar de onde nunca deveria ter saído. A vida faz mais sentido assim, mesmo se há realidades interessantes que ficaram para trás e outras que hão de vir pela frente. A cada dia que passa, sinto-me cada vez mais em casa. Consigo apreciar as pequenas coisas de estar cá, mesmo sabendo que o meu regresso antecipado de alguns meses - imposto pela minha entidade patronal - representa uma carga adicional de trabalho, geradora de algum stress que era de todo dispensável, mas crise é crise e contra isso não há nada a fazer. Mesmo assim, quando estou a trabalhar, sei que se precisar, bastar-me-á pegar no telefone e de seguida no carro para pôr termo à minha solidão. É com imensa facilidade que me posso perder numa (ou várias) companhia(s), feita(s) de carne e osso, companhia(s) esta(s) que nenhum Skype me deu ao longo de 3 anos. Isto sim é vida, apesar de algumas limitações sentidas a outros níveis. E pronto, posto isto, está na hora de mais um round.

12 de outubro de 2010

Comer, Orar e Amar


Este fim-de-semana fui ver este filme, tal como muito boa gente foi. Por curiosidade, sim, porém não tinha grandes expectativas em relação ao mesmo. Apreciei o filme, não pela excelente prestação dos actores que não me convenceu de todo. O filme não me trouxe nenhuma grande revelação, mas retive uma frase ou apenas um momento do filme, quase no final. Consiste numa ideia muito simples e muito real: qualquer amor é um risco e factor de desequilíbrio, no sentido que nos coloca sempre na dependência do afecto alheio, lembrando-nos que somos seres frágeis, para além de exigir um esforço constante de investimento e de redescoberta do outro. Na verdade, o amor não é dado adquirido e uma relação, seja ela qual for, é de facto exigente. Para quem já sofreu de desilusão amorosa, para quem já passou por um casamento falhado, o fim de uma relação não constitui apenas o fim daquela relação. Vai muito além disso: é todo um mundo que se desmorona à nossa volta, são crenças que deixam de fazer sentido, é a desconfiança que se instala e o medo de sofrer que vence a batalha, porém não a guerra. O amor é um risco. Um risco pesado, que pode a qualquer momento significar sofrimento, mas quem vive sem amor? quem? No lo sei. Acho que ninguém. No final de contas, apercebi-me que tudo isto é um jogo estúpido que se assemelha em muito ao jogo do gato e do rato: andamos numa fuga constante alimentando o desejo profundo de sermos caçados a qualquer momento, e vezes sem conta. Ninguém pode fugir à tentação e à necessidade do amor, e quando esse amor é bom, voltamos lá diariamente para beber a nossa dose de reconforto e de alento para mais um dia de luta. Amor é dependência, mas uma independência que nos ajuda a sermos mais nós. Um verdadeiro contrasenso com toda a significação possível.

11 de outubro de 2010

"Turminha" do "niquinho"

Hoje tive um encontro de último grau. Simplesmente fenomenal. Nada melhor para desopilar o fígado do que experimentar uma aula de Power Jump. Meus amigos! Que revelação! Sabem qual a sensação de se regressar à infância pelo simples efeito mágico de um colchão elástico debaixo dos nossos pés? pois bem. Foi mais ou menos isso. 40 minutos a saltar em cima de um mini trampolim que nem uma louca, feliz por descarregar toda a adrelina acumulada ao longo de um dia chato, depois de ter respondido a cada uma das duvidazinhas dos meus ricos (e ricas) alunos sobre coisas tão básicas como ler um programa e entendê-lo à primeira. Eu acredito piamente naquela coisa que consiste em ler, pensar e depois, eventualmente, colocar uma questão, mas pronto, isso sou eu. Mas eu, como sou uma tipa paciente, e entendo que, apesar da crise, todos temos direito ao benefício da dúvida, eu respondo sempre, e escrevo sempre respostas personalizadas, ou seja, muitas respostas, o que para mim significa tempo gasto logo perdido. Enfim, voltando ao meu trampolim miniatura sob o qual me deliciei a enterrar os calcanhares como se não houvesse amanhã, posso afirmar que foi bom e recomendo. A cereja no topo do bolo foi o instrutor, bracarense de gema, fanático do trampolim, que volta e meia, perdido no seu entusiasmo quase que deslocado, se virava para nós apelidando-nos de turm[ínhã] - note-se a entoação bracarense que dava uma sonoridade única àquele momento inesquecível - repetindo vezes sem fim "só mais um ni[quiñho]". Melhor que isto não pode. Não pode. Foi sem dúvida, de longe, mas de muito longe, o "meu momento" do dia. Agora estou rota e daqui por meia hora, o que me vai apetecer mesmo vai ser uma cama, seja ela qual for, com ou sem colchão de elástico. Bendito trampolim. You saved my day. Aleluia. Aleluia.

Crise

Crise é um eufemismo que rapidamente caírá em desuso (quando o FMI cá entrar) para qualificar um país onde a incompetência roça a ignorância e a inconsciência. Desde que cá cheguei, quem está em crise sou eu. Não consigo acompanhar o país que me rodeia. Desde que cá cheguei, as minhas perspectivas de futuro reduziram drasticamente. A minha bolsa de estudo foi-me retirada e o meu ordenado mingou. Contingências do momento dir-me-ão alguns? pois eu respondo que não. Sinto-me estranha a tudo isto. Sinto-me desorientada, e sei que perco tempo num esforço quase que inútil a procurar referências numa orientação necessária, porém incerta. Bolas pá. Merecemos muito mais que isto. Eu, pelo menos, sei que mereço mais. Pelo menos sei que não quero apenas isto. Ainda estou a digerir tudo isto mas hei de encontrar uma resposta, a minha, para lidar com esta situação. E quando penso que sou uma privilegiada da sociedade, ainda fico mais doente. Enfim. Nem sei que diga mais. O pior ainda está para vir e não sei. Não sei de nada.

8 de outubro de 2010

E quando....

E quando a vida dá sinais mais do que evidentes de que alguns sonhos nunca se irão realizar, por maior que tivesse sido o desejo e a força de vencer, o que fazer? Ponderar o porquê, aceitar, na medida do possível, e seguir em frente, mesmo sem saber que "frente" é essa. Há sonhos que eu pensava poder realizar um dia, e hoje sei que eles nunca se irão realizar. Assim sendo, fico naquele estádio do "não sei que diga ou que pense", que é como quem diz sem "reacção". Hoje é assim que me sinto. Hoje sei que falhei em muitas frentes, e que esses erros não têm volta. Na verdade, talvez não tenhamos todos nascidos para realizar certos sonhos. Talvez simplesmente porque não fomos talhados para eles, apesar de acharmos que sim, mas nestas coisas, a teimosia vale de muito pouco. Há dias assim. Maus. Francamente maus.

7 de outubro de 2010

Out of order


Estou cansada. Os meus neurónios fumegam. Seis horas de aulas seguidas. Acabei de chegar e já estou a pensar nos assuntos que tenho de tratar amanhã e eu pergunto-me: como é que gente normal, com filhos, família, e preocupações adicionais às minhas fazem para viverem felizes?É que eu não sei. Não sei mesmo. Ou têm pilas Duracel ou então não são felizes. Resta-me acreditar que quando conseguir assentar de vez, com rotina bem estabelecida, a coisa irá correr um pouco melhor. Até lá estou out.

6 de outubro de 2010

Agradecimentos

Eu, pela metade.

Queria deixar aqui o meu agradecimento a todos e todas que se manifestaram hoje pelo dia dos meus anos. Obrigada a todos/as. Peço desculpa por não ter podido responder mais cedo, mas tive um dia louco, com aulas para dar, dividida entre a casa e a Universidade, entre as compras e a preparação de um jantar de aniversário. Obrigada. Mesmo. Foi um dia muito bom, muito feliz, repleto de gente boa, e foi tão bom ter recebido o vosso calor e ter lido as vossas palavras de amizade e carinho. Obrigada.



ps: o meu telemóvel deu o berro, está neste momento a ser consertado. Ainda não sei quando voltarei a ter telemóvel. Por um lado, é bom: deixei de ouvi-lo a tocar; por outro é péssimo. Tá claro. Desculpem. Tenho um telemóvel suplente, mas é apenas emprestado até que o meu esteja bom de saúde.


ps2: "Amiguinha" das terras belgas, ouvi a tua mensagem. Ligaste quando estava em aulas e depois não te consegui nem ligar nem mandar sms. Não sei se não tinha rooming ou raio. Enfim. Obrigada. Foi bom ter ouvido a tua voz. Ligo-te ainda esta semana para saber de ti.

Parabéns!



A mim. Mais um ano.

3 de outubro de 2010

Home


O dia está de chuva. Hoje já estive com quem eu amo. Estive com a pessoa que eu amo, com a minha mãe, com a minha tia (madrinha) e vou estar com a minha amiga A. Agora vou curtir uma soneca, vou ler um pouquinho na minha cama (genuína) e, pela primeira vez desde há muito muito tempo, não me vou pôr a imaginar o que estarão "eles" todos a fazer neste preciso momento, longe de mim. A isto eu chamo felicidade. Por enquanto, isto basta-me e sabe-me (muito) bem. Amanhã veremos. Um bom Domingo a todos.

Quantas e quantas vezes...



Tive este pensamento, relativamente a muitas situações da minha vida. Porque há sempre uma razão "válida" para os "sacrifícios" da vida.