Não sei se já vos tinha dito isto, mas eu não acredito no talento inato. Acredito numa vontade, devidamente alicerçada no conhecimento. Acredito na sabedoria da experiência, feita de erros e de conquistas. Acredito sobretudo nas horas de dedicação, nos choros que hão de anteceder o nascimento da obra feita coisa. Acredito no poder de dizer não, no direito à palavra única. Acredito na diferença, na humildade de quem vence barreiras sem recorrer à ostentação e à publicitação para poder "ser". Acredito na luta sem medos, acredito nas dúvidas deslocadas sem respostas, acredito no silêncio de quem comove e incomoda. Acredito na felicidade e na realização de um sonho tornado realidade, passo a passo, palavra a palavra. Acredito no equilíbrio de quem se encontra no encontro (im)perfeito com os outros. Acredito no valor de cada um de nós, ricos, pobres, letrados ou iletrados, longe ou perto do centro do poder, mas bem no centro da nossa individualidade. Acredito na convicção de um sentimento, na simplicidade de um amor profundo e genuíno por uma ideia, um ideal, uma pessoa, uma coisa. Acredito na propriedade privada dos nossos desejos, feitos talentos, pela força do trabalho.
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