Ready for the next ride?

Sou daquelas pessoas que não tem por hábito queixar-se da vida ou lamentar o que não fez, ou o que não teve. Primeiro, porque já fui assim durante muitos anos da minha vida e não gostei de ser assim (aliás, odiei) ; e segundo porque sei que a melhor forma de lidar com os problemas é ser-se positivo e relativizar a dor. Enfim, ir à luta e não baixar a guarda.

Como tal, e mediante esta minha atitude, tenho vindo a reparar que as pessoas deixaram de me perguntar se eu estou bem ou pior ainda, partem sempre do pressuposto que eu estou bem, e salvo raras excepções, acham que eu tenho sempre resposta para todos os seus males. Conclusão, raramente posso manifestar cansaço ou saturação porque eu supostamente estou sempre à altura dos desafios. Pois bem, há momentos na vida em que realizamos que não é bem assim. Neste momento, também sinto necessidade de dizer que não estou bem, que estou muito cansada, desgastada e quero-me assumir como mulher, pessoa humana, com as suas fragilidades. Porque eu não sou de ferro e porque nem sempre a minha força positiva chega para mim e para todos os que me rodeiam.