21 de janeiro de 2010

O amor é um negócio

Hoje compreendi finalmente as motivações "reais" de algumas pessoas próximas quando decidiram (ou melhor calcularam) avançar para uma relação.
Eu ainda acreditava que o amor se movia sobretudo pelo sentimento, pela paixão, pela necessidade de estar na presença do outro, por mais que não seja para sentir o seu calor, um coração a bater, uma palavra amiga, um reconforto, um abraço, mas não. Nada disso. Ou melhor, tudo isso conta, mas para além disso, ou acima disso tudo, o amor é um negócio. Cada vez mais, e quanto mais avançamos na idade, o negócio do amor é outro: é negócio.
Normalmente, nessa altura, a experiência já vai longa, as negas somam-se e a necessidade em fechar um bom negócio pesa e muito na decisão de se arranjar un namorado ou/e marido. Namora-se - isto, os que namoram, porque alguns nem namoram, não há tempo, passa-se logo ao casamento - não por convicção ou por sentimento, mas por "necessidade".
Necessidade de companhia (ter ali um corpo ao nosso lado, nem que não nos diga nada); necessidade de sobrevivência (ter alguém que nos pague as contas caso não possamos) e necessidade de sexo (não amor, sexo, aquela necessidade física mesmo que se traduz num ciclo mensa, quer no homem quer na mulher).
Hoje são poucas, muito poucas, as pessoas que sofrem por amor e que enfrentam tudo e todos por amor, enfim, os que fazem uma escolha. Esta categoria de amor caiu em desuso.
Porquê? Não sei, mas a dureza da vida será uma; a acumulação de frustrações, outra. Hoje finalmente percebi. Mas quem foi o "idiota" ( o tipo que tem boas ideias) que disse que "viver e amar livremente era fácil?". Hein?

Sem comentários:

Enviar um comentário