29 de março de 2010

Sonho: uma ideia tornada realidade

Sabem porquê um artista de pintura precisa de uma tela? Para dar cor e forma às suas ideias, preocupações, divagações e ansiedades. Um pintor sem tela é como um escritor sem folha de papel.
A obra aparece quando lhe damos forma, cor, substância: quando a traduzimos em algo de palpável para que os outros a possam entender, para que a comunicação possa acontecer e para que, em última instância, a discussão, momento alto de partilha, possa simplesmente "existir".
Com os sonhos passa-se o mesmo: precisamos de escrever sobre eles para lhes dar vida, para que a memória (curta) não os esqueça e sobretudo para que os (eventuais) obstáculos pareçam mais pequenos.
Um sonho é uma ideia, tal como uma frase é uma ideia, tal como um traço é uma ideia.
Uma ideia em bruto que é preciso preencher, reescrever, adaptar para dar origem a uma obra de arte, mas é uma ideia.
As maiores invenções e os maiores feitos da Humanidade nasceram todos de uma ideia, por sinal simples e singela, que foi preciso trabalhar, dominar, assertar e corrigir até que algo de grandioso nascesse.
Com os sonhos passa-se a mesma coisa. É preciso ter a coragem de os passar para o papel, dar-lhes vida, para que um dia possam ser tangíveis, reais.
Tudo na vida começa por ser um esboço, um projecto, um embrião.
A decisão desse esboço, projecto, ou embrião um dia se tornar realide depende (muito) de nós: depende de uma coisa chamada "trabalho", de outra chamada "persistência" e de outra chamada "crença".

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