25 de março de 2010

Naturally in love?


Acredito no amor, nem que este implique alguns actos mais irresponsáveis ou mesmo loucos. A isso, costumo chamar de loucura saudável.
Acredito no amor, e na importância de amar no sentido de estabelecer laços.
Ninguém vive sem afecto, a não ser que seja uma pessoa altamente egoísta, com um ego desmesurado. Nesses casos, não se vive, sobrevive-se.
Quando aqui falo de amor, falo sobretudo de saudade, porque vivo temporariamente longe de casa.
Falo de sentimentos que me preocupam: falo de dúvidas, de dores, falo de paixão.
Falo de um pouco de tudo sem nunca dizer nada de concreto porque acho que uma relação tem de ser vivida na intimidade e as mensagens mais pessoais devem ser reconduzidas a quem de direito e não necessitam de ser plasmadas aqui.
Porém, eu nunca conseguiria descrever a minha vida amorosa como sendo pautada apenas pela harmonia, pelo entendimento, pelo sonho, pelo sol da luz do dia, porque simplesmente não o é.
A relação, no seu dia a dia, tem muito de encanto, mas também tem muito de aborrecimento, porque a vida é feita de tudo um pouco.
Eu seria incapaz de afirmar que amar é apenas e sobretudo um mar de rosas. Não posso porque não é, e porque, não é assim que eu o vivo.
Consolidar uma relação vai muito além do sonho, vai muito além do calor da paixão dos primeiros meses. Consolidar uma relação implica tempo. Porque é no tempo que se testam as incompatibilidades, é no tempo que se vive o lado menos agradável da relação. Por outro lado, é igualmente no tempo que se aprende a tornear as incompatibilidades, e é igualmente no tempo que se aprende a desvalorizar o lado menos agradável da relação. O tempo joga sempre a nosso favor. O essencial aqui é saber jogar.
Edificar uma relação é como correr uma maratona: é preciso suar, treinar, cair, e levantar para se ser vencedor.Falar de amor implica tropeçar, descordar, implica superar desentendimentos, desacordos.
O amor nasce do dissenso superado e nunca da harmonia espontânea.
Como tal, não acredito em relações duradouras e sólidas isentas de discussões e de problemas.
Acredito na paixão avassaladora. Sim. Acredito no amor. Sim.
Acredito numa relação consolidada no amor e coroada pela paixão, mas não acredito numa relação consolidada na paixão e, porventura, coroada pelo amor.
Não acredito nas histórias dos contos de fada com um fim obviamente feliz porque na vida nada é óbvio, muito menos o amor.

5 comentários:

  1. Olá Sandrina

    Hoje tive o portátil um bocadinho para mim e resolvi visitar-te , Olá :0)

    Como seria chato se tudo fosse perfeito, sem
    questões, discussões, clarificações, consolidações...

    Na ausência de discussões nunca se teria o prazer
    do beijo, da aproximação gostosa após....

    Que seca !!

    O desafio da vida é esse mesmo, a luta a constatação do que se tem, o valor que se dá
    ao nosso crescimento, aos sentimentos !

    É realmente mais trabalhoso, mas muito mais gostoso de se saborear...

    Beijocas e até sempre

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  2. Obrigada Teresa,
    Onde tens andado? O que é feito de ti? Andas tão ausente.
    Espero que estejas bem.
    Um beijinho

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  3. Amo o verbo AMAR...
    Até suspiro com a tua reflexão...

    Beijinhos com saudade

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  4. Como escrevi anónimo não tenho direito a resposta é isso?

    Há-des ter mtos amigos com esse feitio...

    A anónima mais fresca e fofa!

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  5. Um beijo oh anónima tão conhecida.
    Pensei que não querias que comentasse. Mas obrigada.

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