31 de março de 2010

De mim para mim


Não deve haver maior tristeza do que não se saber assumir, naquilo que se é.
Pois eu sofro desse mal, portanto, penso que algures haverá uma tristeza profunda em mim.

Ainda a respeito dos meus cromos*


Ainda é cedo para catalogar os meus cromos, mas há seguramente aqueles cromos que nos marcam pela positiva e que nos ficam na retina.
Normalmente, esses cromos espantam-nos pela (excessiva) simplicidade do seu traje e pela evidente banalidade da sua aparência física, num contraste marcante com a segurança dos argumentos e a força inesperada de um carácter.
Ontem tive um desses, e quando olho para o Fozzie dos Marretas, penso nele. Nada de mais encantador e de mais elucidativo.
São esses cromos que nos ensinam mais sobre o rigor da realidade e sobre o pragmatismo da vida, longe dos líricos pomposos que "ensinam" nas universidades**.
Um dia, dentro em breve, voltarei aqui com a minha lista de cromos.
*ver post, I have a story to tell.
** sei do que falo porque tb lá estou.

Felicidade #2

Felicidade é certamente um estado de espírito mais do que uma realidade que nos rodeia, repleta de "coisas".
Há uns anos, achava que a felicidade era um "estado", algo que se alcançava para todo o sempre. Hoje sei que a felicidade é um processo, em constante mutação, um processo que é preciso saber acompanhar para não perdê-lo de vista.
Felicidade pode ser tudo aquilo que quisermos que seja desde que nos preencha e nos pacifique por dentro.
Felicidade pode (não) significar ter uma aliança no dedo, (não) ter uma casa recheada ou mesmo (não) ter uma conta bancária com números acima da média. Pode mesmo (não) significar ter filhos.
Felicidade é um património de momentos e de sentimentos que coleccionamos como se de uma carteira de cromos se tratasse.
Felicidade é um relato de vida construído no singular, partilhado no plural, aspirando à auto-realização e à plenitude de cada um no (des)encontro com o outro.
Felicidade é certamente um estado de espírito que faz sentido, fora do tempo presente e do espaço de onde nos encontramos.
Posto isto, penso que todos podemos ser felizes, cada um à sua maneira, cada um com o seu percurso.

Por cá

Por cá está a nevar, está um frio de se gelar. Voltei a usar luvas, e mesmo assim não chegam para o frio. No fundo, no fundo andamos ao "esconde esconde" com a Primavera, e pelos vistos, ela tem -se sagrado sempre vencedora. Continua lá, bem escondida, não sei onde.

30 de março de 2010

Constatação # 7

E acho bem, muito bem.

29 de março de 2010

Sonho: uma ideia tornada realidade

Sabem porquê um artista de pintura precisa de uma tela? Para dar cor e forma às suas ideias, preocupações, divagações e ansiedades. Um pintor sem tela é como um escritor sem folha de papel.
A obra aparece quando lhe damos forma, cor, substância: quando a traduzimos em algo de palpável para que os outros a possam entender, para que a comunicação possa acontecer e para que, em última instância, a discussão, momento alto de partilha, possa simplesmente "existir".
Com os sonhos passa-se o mesmo: precisamos de escrever sobre eles para lhes dar vida, para que a memória (curta) não os esqueça e sobretudo para que os (eventuais) obstáculos pareçam mais pequenos.
Um sonho é uma ideia, tal como uma frase é uma ideia, tal como um traço é uma ideia.
Uma ideia em bruto que é preciso preencher, reescrever, adaptar para dar origem a uma obra de arte, mas é uma ideia.
As maiores invenções e os maiores feitos da Humanidade nasceram todos de uma ideia, por sinal simples e singela, que foi preciso trabalhar, dominar, assertar e corrigir até que algo de grandioso nascesse.
Com os sonhos passa-se a mesma coisa. É preciso ter a coragem de os passar para o papel, dar-lhes vida, para que um dia possam ser tangíveis, reais.
Tudo na vida começa por ser um esboço, um projecto, um embrião.
A decisão desse esboço, projecto, ou embrião um dia se tornar realide depende (muito) de nós: depende de uma coisa chamada "trabalho", de outra chamada "persistência" e de outra chamada "crença".

28 de março de 2010

Quem mais dá é quem mais ganha


Quando entramos numa relação, tendemos frequentemtente a "ponderar o" que podemos "lucrar" com a relação.
Quando digo "lucrar", não me refiro apenas ao lado monetário do lucro, mas também ao lado afectivo.
Numa relação, há sempre quem mais dá, mesmo quando a relação tende para o equilíbrio, há sempre "um" que está num patamar ligeiramente acima do "outro". No meu caso, sei claramente, - sabemos os dois - que quem mais dá não sou eu. De todo e de longe. Esta situação deve-se a vários motivos que não interessa enumerar (cof, cof), mas tenho perfeita noção desse desequilíbrio e sei que estou, de certa forma, em "dívida". Sei que dou e muito, mas o outro dá mais, seja pela maturidade acrescida, pelo percurso de vida mais atribulado ou ,simplesmente, por feitio.
Mas na verdade, by the end of the day, quem mais dá é quem mais ganha, porque não há maior satisfação do que saber que se está à altura das carências do outro.
O dinheiro também tem o seu papel numa relação: este é importante e é cada vez mais numa relação, mas não poderá nunca compensar ou substituir a entrega afectiva. Dinheiro é útil (muito!) mas não preenche nem aconchega. O ideal seria mesmo reunir o melhor dos dois mundos: afecto e dinheiro. Sonhar por sonhar...

Sunday mood


Mais cool do que ontem, não? hun?

27 de março de 2010

Pergunta gira, oh oh

18? Pode ser? Não pode, pois não. Então para quê perguntar???

Quase de regresso

E pronto, como eu me portei bem por estas terras, e porque já ninguém aguenta o barulho das obras na rua, 7dias/7dias e 17h/24h, vou-me embora mais cedo de Edinburgo, o que é uma excelente notícia cá para a je.
Escrever em casa é pura ilusão, e dormir mais do que 7h (isto se me deitar às 23h em ponto porque senão nem isso), incluindo fins de semana, é puro sonho.
Não há gaja que aguente.
Claro que não regresso a Portugal, mas regresso ao silêncio. Portugal é a próxima escala.

Saturday Mood


E "prontos", é só isso...

26 de março de 2010

Aqui


Hoje tive um dia louco, a culminar uma semana louca.
Amanhã quero ficar aqui, no meio do verde, levitar por breves segundos, minutos, horas para retomar o fôlego.

Aceita, Abraça e Vive

"However mean your life is, meet it and live it"
Henry David Thoreau

25 de março de 2010

Naturally in love?


Acredito no amor, nem que este implique alguns actos mais irresponsáveis ou mesmo loucos. A isso, costumo chamar de loucura saudável.
Acredito no amor, e na importância de amar no sentido de estabelecer laços.
Ninguém vive sem afecto, a não ser que seja uma pessoa altamente egoísta, com um ego desmesurado. Nesses casos, não se vive, sobrevive-se.
Quando aqui falo de amor, falo sobretudo de saudade, porque vivo temporariamente longe de casa.
Falo de sentimentos que me preocupam: falo de dúvidas, de dores, falo de paixão.
Falo de um pouco de tudo sem nunca dizer nada de concreto porque acho que uma relação tem de ser vivida na intimidade e as mensagens mais pessoais devem ser reconduzidas a quem de direito e não necessitam de ser plasmadas aqui.
Porém, eu nunca conseguiria descrever a minha vida amorosa como sendo pautada apenas pela harmonia, pelo entendimento, pelo sonho, pelo sol da luz do dia, porque simplesmente não o é.
A relação, no seu dia a dia, tem muito de encanto, mas também tem muito de aborrecimento, porque a vida é feita de tudo um pouco.
Eu seria incapaz de afirmar que amar é apenas e sobretudo um mar de rosas. Não posso porque não é, e porque, não é assim que eu o vivo.
Consolidar uma relação vai muito além do sonho, vai muito além do calor da paixão dos primeiros meses. Consolidar uma relação implica tempo. Porque é no tempo que se testam as incompatibilidades, é no tempo que se vive o lado menos agradável da relação. Por outro lado, é igualmente no tempo que se aprende a tornear as incompatibilidades, e é igualmente no tempo que se aprende a desvalorizar o lado menos agradável da relação. O tempo joga sempre a nosso favor. O essencial aqui é saber jogar.
Edificar uma relação é como correr uma maratona: é preciso suar, treinar, cair, e levantar para se ser vencedor.Falar de amor implica tropeçar, descordar, implica superar desentendimentos, desacordos.
O amor nasce do dissenso superado e nunca da harmonia espontânea.
Como tal, não acredito em relações duradouras e sólidas isentas de discussões e de problemas.
Acredito na paixão avassaladora. Sim. Acredito no amor. Sim.
Acredito numa relação consolidada no amor e coroada pela paixão, mas não acredito numa relação consolidada na paixão e, porventura, coroada pelo amor.
Não acredito nas histórias dos contos de fada com um fim obviamente feliz porque na vida nada é óbvio, muito menos o amor.

É caso para dizer


É caso para dizer que o Senhor Urso perdeu a cabeça, coisa que eu também gostava de fazer: perder a cabeça ou simplesmente trocar de miolos. Que ursinho mais esperto este. Oh oh!

24 de março de 2010

Aviso Off Record #2

Aviso desde já, e assim a seco, sem foto nem nada, que se amanhã me cortarem novamente a ligação ao mundo real, desisto já disto tudo, pego no avião e quem põe fogo às fibras ópticas e a mais não sei o quê sou eu.
Pronto, estão avisados.

ps: agora é rezar para que não tenha de largar tudo e pegar no avião, senão a coisa fica mesmo preta.

Levitar


Um dia gostava de poder levitar sob os livros.
Sentir-me a dominante e não a dominada de um pensamento que desconheço, uma ideia que nunca li, um sentimento que nunca senti.
Os livros têm tanto para nos dar, tanto para nos ensinar, mas a melhor aprendizagem é seguramente aquele percurso, aquela ideia que edificamos dentro de nós, aquela que nasceu do nosso sentir, do nosso pensar independentemente do nosso nível de formação escolar, independentemente da nossa profissão, pois não há maior dignididade e liberdade do que aquilo que nasce de dentro de cada um de nós.
Todo o pensamento é válido. Todo o sentimento é digno. Basta ser homem (ou mulher, claro) para simplesmente SER.

Recado off record


Se alguém apanhar o gajo responsável pelo corte de ligação à rede de comunicação de uma certa instituição de ensino portuguesa, situada no Norte do país, que mo mande para estas bandas, que eu quero acertar-lhe o passo.
É que eu gostava de saber como é que uma tipa no cu de judas consegue trabalhar sem ter como falar com as pessoas que tem de contactar para efeitos de trabalho??? Muito sinceramente! Não há condições. Nem avisam nem nada, corta-se e tá a andar. O pessoal que se desunhe!

nota: pronto, já desopilei. Agora podem restabelecer a ligação, va bene? sim?

If only's


Acho que começar por aqui não será mal de todo, não acham? parar com os "se tivesse sido assim" e dedicar-me ao que "irei fazer" daqui para a frente.
Como diria o outro, "vale a pena pensar nisto".

23 de março de 2010

I have a story to tell


Um dia adorava poder escrever sobre os cromos que eu entrevisto.
É tão interessante analisar, auscultar atitudes, reacções físicas de pessoas ditas da "alta", com pose de gente "culta", e carteira de gente "rica".
90% provêm da classe política, e 10% da Academia. E cada um conta a história à sua maneira e cada um carrega uma história que também contam nas entrelinhas. São essas histórias que me dizem mais da história. É mesmo muito giro.
Algumas histórias mereciam ser contadas, umas pelo ridículo da coisa (muitas e boas), outras pela sabedoria e nobreza de carácter (poucas, raras mas memoráveis).
Talvez um dia.

Trabalho de Equipa


Nunca tinha pensado nisto mas hoje sei que uma relação é sustentada por um trabalho de equipa.
É estar presente quando o outro não pode e ser forte quando o outro é fraco.
Deve-se ser o complemento, visar o mesmo objectivo e trabalhar de mãos dadas para esse objectivo seja atingido o mais depressa possível e com a maior eficiência possível. Aqui não há o elo forte e o elo fraco, a fêmea versus o macho: há simplesmente 2 pessoas, com as suas forças e as suas fraquezas, que por sinal, nunca coincidem. São 2 idiossincracias que se cruzam num determinado momento da vida e que decidem rentabilizar os seus recursos, unindo esforços e a vontade.
O trabalho de equipa faz com que o meu e o teu projecto sejam também nossos. São 4 mãos e 2 cabeças a trabalhar, fisica e intelectualmente, para o mesmo fim sem nunca se perder de vista, mesmo estando fisicamente longe um do outro.

Paraíso na Terra








Porque sou uma gaja que merece uns mimos, e porque o sol faz-me imensa falta, em Maio, vou conhecer este sítio maravilhoso que é o Douro e ficar hospedada aqui mesmo http://casasdepousadouro.com/.

Um sorriso

Porque um sorriso faz toda a diferença, mesmo e sobretudo nos dias diffíceis.

nota: Peço desculpa mas não tenho tido tempo para escrever textos mais longos.

22 de março de 2010

Constatação #9


Deal? Deal.

Este fim de semana vai ser assim



Porque é preciso sempre preparar e antecipar as boas oportunidades de saída, este fim de semana vai ser assim: um espectáculo musical do "Singing in the Rain". Num dos teatros do burgo.
Porque eu mereço.

Originalidade


Ora muito bem. Ser original, é o que eu vou tentar ser. Mesmo com uma camada de sono até dizer chega e com umas olheiras que ninguém merece.
E hoje que tenho uma entrevista com um dos conselheiros políticos do 1º ministro cá da terra. Isto promete. Portanto, haja originalidade e muita inspiração.

21 de março de 2010

Assim espero...


......no further comment. Just sticking to hope.

Sunday mood


É mais ou menos assim.

Primavera, here we gooooooooooooooooo


Hoje entrei a matar para festejar a chegada da Primavera (aleluia, amiguinha).
Portanto, foi uma aula de Body Combat seguida de uma corrida bem suada.
Agora é hora de máscara no cabelo, seguido de um risoto de cogumelos feito por moi-même (bem ou mal, who cares) e depois back to work.
Ontem o espectáculo foi f-a-b-u-l-o-s-o. Amei.
Fiquei no meio de um bando de malucas saudáveis, 30 tarolas, entre os 35 e os 65 anos, bem apetrechadas para a ocasião: chapéu à cow-bow, em tons de rosa, vários ornamentos a condizer e claro, a mais maluca, era a senhora de 65 anos ou mais, que para além do bailado constante, ostentava um lindo distintivo rosa e vermelho dizendo: "I' m cute". lol. Amei.
Grande profissionalismo das dançarinas/dançarinos (que tinham tudinho no sítio), cantores e cantoras, guarda-roupa fabuloso, colorido, muito diversificado. Músicas, lindas, dos Abba e não só. Representação, nada a apontar.
Foi bom recordar a década de 70. Valeu cada penny que dei pelo bilhete!
ps: os Escocesses são um povo muito muito simpático, brincalhão, caloroso e sempre bem-disposto. Não são nada nada nórdicos. Niente.

20 de março de 2010

E a vencedora foi, tchanan!



Máscara hidratante da Clarins!
A ver vamos se resulta, não é verdade....enfim...

Constatação #8


Isto é válido para qualquer forma de Amor.

Hoje vai ser mais ou menos assim


Vou relaxar.
Uma aulinha de pilates, seguido de uma corridinha no tapete, um mergulho na piscina e uma sessão de sauna. De tarde, vai ser dedicado às lides da casa, e a procurar uma máscara para o rosto (hidratante mas não sei nem qual nem como, veremos).
À noite, é dia de Abba num dos teatros da cidade. E pronto, e depois, xixi cama que no Domingo trabalha-se como gente grande.
Bom fim de semana a todos os que por cá passam.

19 de março de 2010

Ei na pá!

E não é que é fim de semana???? mais um pouco e não dava por ela.
Mas pronto, amanhã posso dormir até às 8h30 e entrar logo a matar numa aula de pilates que é para a banhinha não se ficar a rir.

Assim não brinco mais!

Tirem-me tudo da frente, pleassseeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee! Estou com aquela coisa chamada TPM que me puxa para a mesa, bem, na verdade, até dispenso mesa...e de talheres, o que eu quero é comer, comer daquelas porcarias doces ou salgadas. Venha tudo.
E pronto, só de pensar nas horas de ginásio que vou ter de fazer para anular esta loucura, abomino quem inventou hormonas e afins na mulher.
Bolas! Assim não brinco mais!

ps: caramba, nós não merecíamos, pois não?

ps1: eu sei que digo isto todos os santos meses, mas é que todos os santos meses, é a mesma coisa.

Ambição

Ambição é ter a ousadia de pôr à prova os nossos limites e as nossas capacidades.
Ambição é espreitar para o patamar acima do nosso e, por fim, dar o salto, sem saber se iremos acertar no alvo pretendido.
Ambição é a praxis de um sonho e que se torna, porventura, realidade.

18 de março de 2010

Puro Toque de Magia


Quando iniciei este blog nunca pensei escrever um post com este título: puto toque de magia.
Quando escolhi o nome deste blog foi para forçar a entrada da magia da minha vida numa altura em que achava que a magia andava de costas voltadas para mim. Foi então que eu decidi ir à procura dela e, como quem procura encontra, eu encontrei-a. Hoje sei que os sonhos requerem trabalho, muito trabalho, e acima de tudo perseverança, muita perseverança.
Quando iniciei este blog, estava imbuída na minha dor, andava de olhos postos no chão, e como tal, nao poderia nunca ver a magia que no entanto me rodeava, enchendo-me de beijos.
Hoje sei que a magia acontece, aqui e ali, e que ela dá de si quando menos esperamos.
O essencial é acreditar, sobretudo nos maus momentos em que achamos que está tudo perdido.
Hoje sei que o sonho pode muito, mas sei também que o trabalho é quem faz com que a magia do sonho se torne realidade.

Constatação #7


Isto é a máxima que eu deveria repetir para mim mesma todos os dias.
Every single day.

Sabor da Vida


Hoje não me importava de ter um pequeno almoço de rainha. Servido na cama, com requinte, sem migalhas (lol) e sem nódoas. Isto para condizer com a condição real da coisa. Enfim.(suspiro).
E pronto, isto para dizer que nem sempre o que sonhamos como sendo "perfeito" e "mágico" é realmente perfeito e mágico.
Os meus melhores pequenos almoços foram, sem sombra de dúvida, os pequenos almoços que tomei no campo, sem mesa, sem toalha, com tudo fresco, leite com nata (que não aprecio muito), fruta meio lavada e meia por lavar, e comendo com as mãos.
Esses foram os meus melhores pequenos almoços. Longe do requinte da imaginação, longe da perfeição da razão, mas bem no cerne do sabor da vida.

17 de março de 2010

Foto alérgica


Pois bem. Hoje tenho de me confessar: sou alérgica às fotografias. Não gosto, não quero, não admito que me tirem uma foto sem o meu consentimento.
Escusado será de dizer que eu manobro muito a coisa, porque se me pedirem licença, levam logo com uma nega, portanto o pedido tem o efeito polido de prevenção que num ápice vira proíbição.
Adoro fotografias, mas fotografias das coisas, das pessoas, fotografia profissional. Acho lindo, demais e recomendável.
Fotos minhas é que não. Não me acho fotogénica e ponto. Não há aqui grandes argumentos que possam sustentar a minha repulsa. É completamente irracional como todas as repulsas.
Enfim, há pancas para todos os gostos e esta é seguramente (mais) uma panca minha.

Wednesday

Hoje é Quarta, meio da semana e ainda tenho uma semana cheia pela frente. E pronto...vamos lá dar mais um empurrão à coisa.

16 de março de 2010

Assim sendo


Como na vida é preciso saber adaptar-se às circunstâncias e saber aceitar o que a vida (não) nos dá, eu vou querer ter (novamente) um cão.
Terei pelo menos na vida um ser (embora não humano) que não terá os meus genes, mas terá o meu amor.
E pensando bem, quero um assim. Pensando melhor, será para breve, muito breve.

Coisas Minhas #2


Porque será que toda a gente à minha volta engravida e eu não? Será que não fui destinada a ser mãe? Se não, porquê?
Há coisas na vida que são difíceis de compreender e outras difíceis de aceitar. Essa será uma delas.

Simplicidade



Já referi aqui que a simplicidade é aquilo que mais me cativa na vida. Quando me refiro a simplicidade, refiro-me à qualidade intrínsica das pessoas e das coisas.
Acredito convictamente que a permanência da simplicidade numa pessoa adulta é aquilo que a torna mais especial.
A combinação da maturidade com a simplicidade resulta num produto sem igual que se sobrepõe a qualquer acto forçado de afirmação, seja pela imposição (ridícula) dos títulos, do dinheiro ou da roupagem.
Quando falo de simplicidade, falo de experiência de vida, falo de sabedoria, falo de algo intransmissível e pessoal que demorou tempo, esforço, suor a edificar-se.
Quando falo de simplicidade, falo de uma profundidade onde as perdas, os sofrimentos, as dificuldades, os desafios e os medos foram vencidos, sanados, curados, e por fim aceites.
Na simplicidade, tudo é harmonioso: as linhas, as cores, as formas, o brilho.
O brilho das coisas que obedecem à ordem natural da vida e o brilho de um sorriso sempre renovado e fresco, independentemente das circunstâncias e da idade.
Isto para mim é simplicidade.
Como já referi, é uma qualidade intrínseca que eu admiro nas pessoas e nas coisas. Simplicidade é respeito. É autoridade. É a ordem divina feita coisa e gente.

Follow your heart


Porque na vida, as coisas só fazem sentido se estivermos de bem com aquilo que o nosso coração manda. Por vezes, teimamos em não ouvir ou fingimos não ouvir, mas acabamos sempre por lá ir ter. Ele tem aquele dom de nos soprar ao ouvido, relembrando o chamamento, chamando-nos à razão.
Porque na vida, não há calculismos nem racionalidades que o batam. Nao há estratégias de sobrevivência que o possam demover do verdadeiro caminho.
Ele está ali, sempre presente, porque sem ele não vivemos. Sem ele, o nosso sangue não flui: quer nas veias - na sua dimensão mais física e palpável - quer na alma - na sua dimensão mais espiritual. Portanto, de nada vale a pena fugir. O melhor é mesmo dar voz ao coração.

15 de março de 2010

Um danoninho


Um "danoninho" resolvia-me o problema, pois acho sempre que me falta um bocadinho assim para chegar a muita coisa. E porque será que esse bocadinho é o mais difícil de se conquistar? Hein? Bolas. Vou ali e volto....amanhã.

Por cá


E porque por cá também merecemos uma pequena diversão e porque decidimos que assim tem de ser, eu e o meu alter-ego decidimos que iremos ao espectáculo dos Dancing Queen, no próximo Sábado. Este pretende relembrar as músicas dos Abba num espectáculo cheio de cor.
E porque quando decidimos, está decidido, o bilhete já cá canta.
E prontos..

Curiosidades Escocesas



Sabiam que na Escócia tudo tem uma simbologia, tudo tem um significado místico que vai além da própria coisa.
Quando se anda nas ruas, é preciso ter cuidado para não tropeçar num calhau, porque este pode ser algo mais que um calhau. Cá, tudo tem uma significação: desde o nome do Hotel 6 estrelas de Edinburgo que carrega o antigo nome do (mini) império Escocês do séc XVII, à Pedra do Destino (que é um calhau irregular que pesa 152 kg) colocada numa redoma de vidro no Castelo de Edinburgo e que representa o símbolo da soberania Escocesa usurpada pelos ingleses por diversas vezes ao longo da história, desde os tempos do William Wallace do Séc XII passando pelo reinado de Robert de Bruce aos nossos dias.
Aqui tudo tem um nome, tudo está escrito: nas paredes, nas ruas, nas coisas. As bandeiras e os símbolos ornamentam as ruas, as lojas (como a lã, o cachemira, o tartan, a famosa saia escocesa que nunca foi orignária da Escócia, mas enfim) e os múltiplos museus de entrada gratuita cujas visitas orquestram a necessidade redundante de relembrar a memória nacional de um povo que aspira a ter o seu Estado. A cidade está povoada de inúmeras estátuas relembrando escritores, inventores, cientistas Escoceses que mudaram o mundo com as suas descobertas: há que lembrar e relembrar os nomes dos heroís que deram vida a esta pátria.
Até os bancos do jardim estão identificados com os nomes de pessoas anónimas que contribuiram com o seu dinheiro para que tudo nesta cidade tenha nome, tudo tem uma identificação nacional.
Até os ídolos estão nos museus, desde cantores ainda vivos como é o caso da cantora Amy Mcdonald (com apenas 24 anos) até ao afamado primeiro ministro Escocês, Alex Salmond, erguendo a bandeira da Independência e relembrando o papel e contributo do seu partido independista: SNP (Scottish National Party).
Aqui respira-se Escocês, fala-se inglês com um sotaque Escocês (vá lá, não se fala o Galeico, língua originária da Escócia, embora o queiram instituir de novo como segunda língua oficial), as músicas Escocesas entoam nas ruas, homens vestem o tartan e tocam todo o dia relembrando a quem passa que aqui mora uma alma com A grande. São novos, velhos. Ao Domingo, o rugby movimenta as massas como nunca vi. Os homens vestem as saias, o traje tipicamente Escocês. Toda a gente contribui para este espectáculo que chega a ser assombroso, pelo acto forçado desta fabricação identitária sem retorno económico e paralelo político real.
E por último, e porque tudo tem de marcar a diferença, até as ovelhas das zonas mais altas da Escócia chamada highlanders (tb conhecidos como sendo o povo Escocês mais rebelde que terá dado origem ao nacionalismo escocês) ostentam um focinho preto, e são, adivinhem lá: únicas.
Digam lá se isto não é too much? é caso para se dizer: less is more.
nota: para quem chega a Edinburgo, encontra logo esta mensagem, "We are proud of our city, We are proud of our airport". Tudo tem uma simbologia e o orgulho é coisa que ninguém contesta cá.

Novo dia, novos sonhos


E porque hoje é um novo dia, repleto de luz, de ar e de vida.
Porque hoje é segunda, início da semana, início de uma nova página que diariamente se vira, na esperança de solidificar sonhos novos e antigos, renovar esperanças de uma vida melhor ou simplesmente diferente, num puro toque de magia.