9 de junho de 2010

A magia do afecto materno


Uma colega minha está grávida de dois meses. Uma situação financeira nada folgada, sem emprego, recém-casada com uma pessoa divorciada já com uma filha. Passou de mulher solteira sem encargos adicionais a mulher casada em pouco mais de que 15 dias. A gravidez surgiu passado dois meses. Enfim. Um stress. Hoje os problemas não desapareceram, mas ela estava zen. Completamente zen, apenas concentrada e vivindo cada minuto para o seu filho/a que há de nascer. Achei aquilo fabuloso, impressionante, incrível. Estávamos 7 pessoas presentes, com conversas cruzadas e ela estava ausente, sorriso de orelha a orelha, como se estivesse longe, fechada no seu mundo. Conversámos de coisas "sérias" e ela nada. Não reagiu. Continuou zen, lá longe, não sei onde. No final, quis-me mostrar a ecografia do/da filhote(a). Sorriso de orelha a orelha ao quadrado. Fiquei pasma. E foi assim que hoje realizei que há sensações e realizações bem maiores e mais nobres do que redigir um paper ou uma dissertação. Hoje fiquei rendida. Totalmente. E com uma pontadita de inveja (inveja da boa pois quero e desejo que ela seja feliz, muito). Naquele momento, senti-me a mergulhar noutro mundo, bem longe daquele que vivo diariamente. Presenciei a magia do afecto materno que se apodera de tudo, dos problemas, da ausência de perspectivas, e faz com que a vida valha (muito) a pena.

2 comentários:

  1. Recordo as minhas gravidezes como os períodos mais bonitos da minha vida. Literalmente com a rainha e o rei na barriga.

    Felicidades para a tua amiga.

    O teu tempo chegará.

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  2. Eh pá, tenho de lançar foguetes! Obrigada.
    Beijinhosssssssssssssssss

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