6 de junho de 2010

A lógica do sonho


Porque todo o sonho começa por ser um projecto: um esboço, uns traços desalinhados desprovidos de sentido. Mas o projecto ganha forma com a densidade do tempo, com a soma dos erros, das pequenas desilusões, e assertos que se vão acumulando, aqui e ali. É assim que se dá forma a um desenho e vida a um projecto. É superando a divergência das opiniões, e é ultrapassando (os inúmeros) erros de cálculo temporal que se avança e que se dá forma a uma ideia ou a um sentimento que já não tem nada de supérfluo ou de aparente. Em matéria de sonhos, não interessa o quando, o como ou o onde. Basta ter a força da convicção de um sentimento e a certeza de um caminho. O resto são promenores mais ou menos elegantes, floreados mais ou menos bonitos que raramente me ocupam a mente. Hei de lá chegar, dentro em breve, certamente, mas não para já. Ainda falta. Falta "tempo" e um pedaço de caminho. Até lá, o importante é acreditar que o sonho vai acontecer, bem no final de uma caminhada que, por acaso, foi longa. Essas são as minhas certezas de hoje e isso basta-me.

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