Hoje andava eu pelos corredores de um centro comercial que deve ser muito in e conhecido por estas bandas (John Lewis), de tão apinhado que estava em dia de semana, quando me deparo com uma zona reservada, toda ela coberta a vidro transparente, e o que vejo lá? mulheres.
Bem, até aqui, tudo normal. Olhando um pouco mais, vejo na verdade mulheres sentadas num sofã (que me parecia ben confortável) e a amamentar.
Nunca tinha visto mulheres reunidas a amamentar os seus bébés. Para mim, aquilo foi novidade.
Estava ali, um grupo de mulheres, todas elas a amamentar as suas crias e aproveitando a ocasião para "papoter" sobre as suas crias, claro está.
Curiosa que sou, espreitei e dei de caras com aquele rosto fofinho de bébé, de olhos bem abertos a olhar para a sua mãe. Derreti-me toda...completamente. Acho que corei mesmo...(fosca-se, não acho isto normal em mim)...e fiquei a pensar, cá para os meus botões, como será aquela sensação de dar de mamar ao seu filho? Não sei. Não sei responder a esta pergunta e fiquei, não escondo, algo triste por pensar que talvez nunca saberei o que "isso" é.
A maternidade é de facto um mundo maravilhoso (ou não tanto) que eu desconheço de todo, para o bem e para o mal, mas confesso, que fico com uma certa inveja de quem já o tenha descoberto.
Tenho um grande respeito por todas as mulheres que decidiram, cedo ou tarde, por vontade própria ou por circunstâncias inesperadas, serem mães.
Para mim a maternidade é (e será?) um lugar estranho. Quando penso em "maternidade" penso em "sacrifício" e "vulnerabilidade" e pergunto-me se nasci com essa vocação pois odeio sentir-me vulnerável.
Mas como na vida não se pode dizer que desta água nunca beberei e como nada é definitivo, a ver vamos no que isto poderá dar (ou não).
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