Hoje fiquei presa a esta frase: "Faz-me acreditar que é possível".
Muitas vezes dizemos e escrevemos coisas quase que a (des)propósito dos outros, sem termos a real noção de que aquelas frases (suicidas) revelam tanto de nós e do que vai (ou não) cá dentro.
Quando sofremos um golpe amoroso, rapidamente achamos que o ultrapassamos, e, que na vida, os desafios são "favas contadas", mas volvido algum tempo, apercebemo-nos de que afinal não é bem assim.
Na verdade, aquilo que acontece é que deixámos de acreditar, e ficamos à espera que alguém nos venha convencer de que vale a pena (voltar a) acreditar.
Vibramos com o desfecho feliz dos outros, mas ficamos na nossa "zona de conforto".
Não arriscamos porque não soubemos esquecer a dor: ficamos presos ao passado que correu mal, muito mal.
Sorrimos, ficamos até felizes pelos outros, mas ficamos na "nossa", esperando apaticamente que alguém nos venha convencer de que é possível acreditar. Esperamos que o esforço venha de fora e nunca de dentro. Se calhar, desistimos de procurar a felicidade porque tememos não a encontrar.
Passamos a viver a vida pela metade porque tememos que a outra metade não seja bem aquilo que sempre desejamos. Julgamos sem ter experimentado e, paulatinamente, vamos matando a esperança que sempre habitou em nós.
No fundo, acho que nos refugiamos naquela história do virtuoso principe encantado que, como todos nós sabemos, não existe e não existirá nunca.
Eu acredito, que acreditar que vamos chegar aonde queremos é meio caminho andado para atingirmos os nossos fins.
ResponderEliminarBjocas e... é bom passar por aqui, mesmo aos Domingos
É possivel que assim seja, muito possivel... Mas não me vejo a sair dessa "zona de conforto". Não por agora. Bem sei que o esforço (também) tem que vi de dentro, de nós. Mas o medo (ainda) é maior. E, assim sendo, vou ficando feliz pelos outros. O que já não é mau:)
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