Imaginação permite-nos criar novos mundos com nada ou quase nada. Basta querer e sonhar.
5 de agosto de 2011
4 de agosto de 2011
Esquecimento
Por vezes, esqueço-me disso. Ultimamente, tem sido mais que muitas vezes. Hoje estou a tentar relembrar-me. Esperança é uma palavra dura de se viver, fácil de se falar. Só quem já passou por graves privações é que sabe vivê-la e relembrá-la. Se eu me esqueço, é sinal que (ainda) não passei por grandes privações na vida. Esta é a minha dedução lógica, e penso que desta vez estou certa.
3 de agosto de 2011
E depois
Curiosidades
Eu nunca fui mãe e não sei o quanto custa ou dói dar o nosso melhor enquanto progenitora. Supnho que dar e construir "referências" obriga-nos a sermos severos e críticos observadores das falhas ou incorrecções dos nossos filhos. Contudo, não entendo como é que uma mãe só consegue olhar para as falhas, para os erros, e para os defeitos dos filhos e nunca para as conquistas (pequenas ou grandes) e qualidades dos mesmos. Isso faz-me imensa confusão, e confesso que não entendo. Não entendo e por mais que tente relativizar, não consigo encontrar um motivo ou argumento suficientemente válido que justifique semelhante atitude. Não entendo, e hoje desisti de entender.
Vidas
Ou muito me engano, ou se eu achava que o trabalho iria acalmar este ano, estava completamente errada. Com 7 cães sedentos de inveja espontânea à minha volta, mortinhos que eu me estique de cansaço, e que usam de tudo quanto têm para me tramar, a coisa não está fácil. Sinto que não vou ter férias este ano e que este ano lectivo vai ser a matar. E há dias em que acordo e penso se foi para isto que eu nasci. Apenas para trabalhar, e para olhar para os lados a ver se não me comem sem dar conta. E pronto, para quem imaginava que o meio académico é só coisa boa, papo para o ar, e assobiadelas, confesso que estão enganados. Trata-se de um meio muito competitivo, em que temos de usar de astúcia e por vezes de manha para não nos levarem por lorpa.Nunca revelar o que se está a fazer, se se pretende publicar e nunca comentar que os alunos nos apreciam. Nunca. Regra de ouro, fingir-se de morta mesmo quando estamos bem vivos. Andar de sorriso nos lábios, mesmo quando nos passam a perna. Quanto mais a crise avança, mais o ambiente apodrece. Longe vão os dias de descanso, e de ausência naquela terra semi-Belga que apelidam de Bruxelas. Este mundo é mesmo de cão, e vale o salve-se sem puder. Não se pode nunca adormecer à sombra da bananeira porque a fama é cada vez mais volátil. Neste meio, ser-se besta é tão fácil quanto ser-se bestial. Passa-se de um a outro com a maior das facilidades. E pronto, se eu achava que tinha visto tudo, mentira: acho que só começo a ter a real noção das coisas desde que regressei ou talvez me temam mais agora do que nunca. Não sei. É duro, muito duro, mas hei de dar a volta a isto. Hei de aprender, como todos, a lidar com este meio, e jogar o jogo da melhor forma possível. Basicamente, todo este paleio para dizer que por cá não há férias e que ando semi-revoltada com tudo isto. Será do país? será de mim? porventura dos dois. Do meu lado, sei que terei de abrir mais os olhos e adaptar-me a este mundo cão, o mundo esse, não sei se irá melhorar. Andei meia torta esta semana com tudo isto, agora estou bem perto do mar, longe de tudo isto, a tentar assimilar e preparar-me para uma batalhar que há de recomeçar em Setembro. Os tempos mudaram ou talvez eu tenha mudado e tenha aberto os olhos. E depois deste desabafo completamente secante, desejo um bom dia. Hoje apenas sei que não quero ficar amarga e mesquinha, à imagem dos que me rodeiam. Essa é a única certeza que carrego comigo. Ainda não sei bem como hei de fazer, mas hei de lá chegar.
1 de agosto de 2011
O melhor
E deste fim-de-semana que passou a correr, o melhor que retenho é a companhia que levo comigo. Santiago estava muito simpático e acolhedor, mas um pouco vazio e desalmado, para alguma pena minha. A companhia, essa, sempre no seu melhor.
29 de julho de 2011
....
Esta semana foi para esquecer. Tive aquela sensação de que o mundo inteiro se junto para me tramar. Na verdade, pensando bem, acho que o problema sou eu. E quanto a isso, temos de facto um problema.
Ser e Parecer
E neste mundo cão onde me movimento diariamente, tenho de me render à evidência que o parecer vale muito mais que o ser, e que a partir de hoje, terei de ter um cuidado redobrado com a aparência. Resumindo, isto é pedir muito. Muito mesmo. Pelo menos a mim, é. Invejo as mulheres todas deste planeta que têm um prazer louco em vestir-se, em cuidar-se com marcas xpto, em estar sempre em cima do acontecimento no que toca a vestuários e afins. Odeio o requinte mórbido da aparência visual, a escravidão do parecer sobre o ser. Mas hoje, rendo-me à evidência. Não há mais argumento possível a esgrimir. Esta é a verdade, pura, porque o poder das palavras não basta. O poder da roupagem fala muito mais alto e eu trabalho num meio onde isso é sobejamente valorizado. Se até agora, vinha sempre com aquela história lírica (puro lirismo) de que me basta ser quem sou, hoje rendi-me. Basicamente, ando irritada, no mínimo por ter de me render. Esta batalha está vista e vencida. Pode ser que um dia venha a gostar disso...ou talvez não. Em Portugal é assim, e eu tenho de dançar ao som da música que se toca cá. Assim seja.
26 de julho de 2011
O poder dos limites
Há muito que não vinha cá. E sinto saudades. Saudades de ter tempo para me curvar sobre mim própria e poder ter tempo para reflectir sobre mim, sobre a minha relação com os outros, sobre planos. Este ano foi um ano louco. Dos piores e melhores que tive. Um ano de imensa produção, de imenso trabalho mas foi igualmente um ano de demarcação de território, de garras bem afiadas. Foi um regresso difícil, de adaptação a tudo. Ao meio social, familiar e profissional. Este ano está quase a chegar ao fim, e a batalha não terminou mas muita poeira assentou e o fim de uma tarefa enorme está ali, quase no final. Quanto mais o tempo avança, mais me sinto dona de mim, mais sinto necessidade de me afirmar pelas minhas escolhas, pela minha diferença. Se até agora, vivia isso como algo de reactivo, sinto que começo a entrar naquela fase em que as minhas escolhas são assumidas com naturalidade, porque sinto-as cada vez mais como um direito adquirido pela vida que me foi dada. Apetece-me delimitar a fronteira que me separa de certas pessoas, mas apetece-me demarcar a cuspo o que aproxima de outras. Definição de contornos. Penso que é isso mesmo. Definição de contornos. É interessante ou curioso sentir que estou a terminar um processo de aprendizagem na minha vida profissional, e apetece-me desde já encetar outro. Desde pequena desejei ser frágil, protegida, ser mãe, caseira e hoje tenho dúvidas se será esse o meu caminho. Desejo e preciso de alguém forte ao meu lado, alguém que me preencha, disso não abdico, porque é nessa pessoa que me complemento, me apoio, me articulo para o mundo. Mas será que haverá mais do que isso? Por vezes, acho que nasci para ser amiga, professora, namorada, filha, madrasta, e que é nesse papel de autoridade racional que me situo. Por vezes, pergunto-me se não fugirei da fragilidade que é ser mãe, embora tenha curiosidade em saber o que isso é e ao mesmo tempo, não quero. Sonho com realizações outras, com outro tipo de imput que vá além de mim. E porém não sei se não irei acabar por quebrar porque sou uma pessoa que ama demasiado, que dá demasiado, que acarinha demasiado e que também necessita receber. Há um lado fascinante do mundo que me chama. Esta imensidão de saberes, de culturas, de fazeres, de cores, de cheiros, de imaginação, de criatividade que me chama e que desejo tanto partilhar apenas com uma pessoa e nada mais. Será egoísmo? será pragmatismo? idealismo? Não sei. Apenas observo a fragilidade das que foram mães, dos sacrifícios pessoais, das desistências de lutas em nome dos filhos e duvido que seja isso que eu desejo para mim. Nada disto é definitivo. Apenas tenho a noção de que há escolhas que não têm retorno e que se um dia tomar certas escolhas, que seja de consciência clara. Não me incomoda ser madrasta. É um papel ingrato, mas muito mais cómodo e fácil do que ser mãe. Há algo que nos permite ajudar, orientar, amando mas sem sofrer tanto. Pode-se correr o risco de se ser mais dura porque o pai virá atrás adoçar, mesmo reconhecendo que aquela chamada de atenção foi importante. Hoje acredito que haja famílias recompostas mais equilibradas que as próprias famílias naturais porque na relação com aquele estranho que denominamos de padrasto ou madrasta, o sentimento é menos redondo e as palavras não têm tantos significados. Enfim. A vida é uma coisa estranha, que nos molda, dando-nos oportunidades de recriação ou de destruição. A escolha é por vezes difícil, mas ela existe. Sempre.
6 de junho de 2011
Ausente
Ausente porque em trabalho. A aproveitar o final do ano lectivo para dar com todo o gás naquela coisa que está quase lá. Por cá, os tempos são de calmaria. E nada mais a acrescentar. Vem aí o verão, a praia, acho que não vou gozar muito mas será por uma boa causa.
2 de maio de 2011
*****
Back. E como é bom estar em casa, não há melhor lugar do que este: a nossa casa. Adorei rever os meus amigos em Bruxelas. Foi muito bom ter-me apercebido que fiz amigos no verdadeiro sentido da palavra. Não são muitos mas bons. Muito bom mesmo. Mesmo assim, é muito bom quando se regressa porque a minha casa é esta. Apesar da crise e das dificuldades. Não há melhor lugar que o lugar onde mora o nosso coração.
26 de abril de 2011
Expectations
E estou de volta a Bruxelas por breves dias para dar duas aulas ao abrigo do programa erasmus.
Chego aqui e tudo me pede filhos e planos assim para là do expectàvel neste momento, e so me apetece manda-los para aquele lado. Nao me stressem e deixem me levar a minha vida porque para stress ja basto eu. Bolas. Expectativas. Saturam me.
Chego aqui e tudo me pede filhos e planos assim para là do expectàvel neste momento, e so me apetece manda-los para aquele lado. Nao me stressem e deixem me levar a minha vida porque para stress ja basto eu. Bolas. Expectativas. Saturam me.
8 de abril de 2011
30 de março de 2011
29 de março de 2011
Sem tempo
15 de março de 2011
If...
Me: "If I could, I would erase some years of my life. I would cut the worst years of my life and would make a new film. I wouldn't be the same person anymore, but life would have become so much easier. So God, can I do it?"
God: silence.
Me: " Ok. I got it. I will have to accept life as it is, with all its imperfection."
14 de março de 2011
11 de março de 2011
10 de março de 2011
Sol
Que dia lindo lá fora, que bela vista daqui, da janela do meu escritório, da minha casa. Mas que belo fim-de-semana de trabalho que se anuncia...sem passeio, sem desvios aqui ou ali. Para o próximo será diferente. Eu sei, é quinta, mas a minha semana apenas começou e só penso no fim que será no próximo fim-de-semana. Até lá vou curtindo as vistas, e faço umas pausas com muito sol.
9 de março de 2011
Dias felizes
Hoje é um dia feliz. Porque sim. E isso basta. E pouco me importam as celebrações oficiais. Procuro celebrar nesses dias e fora deles, ou seja, sempre que posso e sinto que é dia de celebração, só porque sim. Porque a vida acontece todos os dias, com tudo de bom e de mau, por isso, quando algo me sorri, celebro por dentro e isso basta. Mas se alguém instaurar "o dia da parvoíce", que seja, é mais um motivo de celebração no meu calendário. Adiro na maior. Para quê oferecer resistência? Não tenho nada contra. Só tenho a favor. Porque celebrar nesse dia não me impede de estar atenta àquilo que realmente importa nos outros dias. O caminho faz-se todos os dias, por isso, com ou sem data, eu tenho de aprender a viver e a sobreviver o melhor que posso.
8 de março de 2011
Dia da Mulher
7 de março de 2011
Memórias
Dias assim
Há dias em que não é fácil. Dias em que faço o balanço e tenho a consciência clara de que a vida não é fácil. É incrível como um erro cometido na vida pessoal pode ter consequências tão gravosas na vida profissional, e hoje, depois de alguns anos de dedicação exclusiva para corrigir esse erro, fica aquela sensação de que esta dedicação teve consequências (ir)reparáveis na minha vida pessoal. E ando assim, de rabo de pescada na boca, correndo atrás de objectivos que deveriam ter sido alcançados num passado perdido. Fica a convicção -aquela que nos leva sempre mais além- de que os erros podem ser (sempre) corrigidos, a muito custo, com muito sacrifício, mas o tempo (perdido), esse, não voltará nunca. Nenhuma opção de vida é perfeita, mas por vezes apetecia-me (tanto) que tivesse sido tudo diferente. Apenas um pouco mais diferente e um pouco menos imperfeito, talvez.
Porque será?
Porque será que as grandes intelectualidades são umas bestas no trato pessoal? ou são arrogantes, ou inacessíveis, ou hiper-fechadas sobre si. Não entendo. Sinceramente. Estilo bichos, ou melhor, bichinhos da pior espécie. Mas pior pior é que nem disfarçam o trato por mail. Vai tudo a "eito". "No need to please because I am the best". Estupidez.
4 de março de 2011
Hoje
Hoje, indo de encontro às minhas recentes queixas laborais, joguei no "totoloto". Não é bem o totoloto nem o euromilhões, mas neste "jogo" também é preciso ter sorte porque como em tudo na vida, por vezes, mais vale cair em graça do que ser engraçado. A ver vamos se me sai a sorte grande e se a moura aqui apostou no cavalo certo. Agora é só esperar para ver.
3 de março de 2011
......
2 de março de 2011
Dica do Dia
Se quiserem que o vosso cabelo cresça mais forte e mais depressa, cortem-no na próxima Sexta-feira. Enfiaram-me esta peta, desculpem, dica, e como tal ando há 3 semanas a querer cortar o cabelo mas uma voz (suave e doce) impede-me de o fazer. Só Sexta. Portanto, Sexta é dia de tosquia por estas bandas. Já agora, Sexta é dia de lua nova, daí a historieta. Tentar não custa.
Hi there!
E pronto, apraz-me dizer, que depois de ter experimentado o Power Plate, eu irei seguramente morrer ou do mal ou da cura porque aquilo puxa como o caraças. 30 minutos daquilo parece-me uma eternidade. Estou que nem posso, e hoje temos serão de trabalho, portanto não sei não....tou a ficar velha....fogo....Só pode.
1 de março de 2011
But you know what...
Há merd@s que me tiram do sério
Eu nunca escrevi um palavrão mas hoje apetece-me. Há coisas que me tiram do sério, como por exemplo ter um ano filho da mãe com aulas até dizer chega (que eu preparo com cuidado sempre, em cada ano, não há repetições) e duas centenas de alunos que não deveria ter tido porque na verdade regressei mais cedo porque havia colegas impacientes. Sendo assim, lerpei com um semestre tramado, com aulas, com muitos alunos, muitas provas e pouco tempo para parar para pensar em mim. É o meu trabalho, eu sei, e eu gosto dele, mas fico danada quando os colegas, ou por inveja, ou porque simplesmente querem ganhar algo sem fazer nada, me vêm pedir para organizar um summer school "porque tu conheces pessoal lá fora," e mais uns seminários "porque tu conheces pessoal lá fora", e já agora, "não te importavas de orientar aqui este aluno de doutoramento porque ele quer tratar assuntos da tua especialização e eu, a orientadora oficial não percebo nada disso, mas não me importo de ser subsidiada para a minha investigação por causa disso enquanto fazes o trabalho todo". Que tal? é um bom negócio? eu, olhando para a cara dos alunos, não digo que não. Mais, depois ainda vem pessoal da Universidade de Bruxelas a pedir-me igualmente orientação porque eu é que entendo disto quando há lá marmanjões que são pagos para isso e que supostamente vêm de "instituições de renome". No entretanto, a moura portuguesa trabalha pelo prazer?????? Pois, hoje, fartei-me, e digo basta. Agora eu não faço mais nada, não ajudo mais ninguém porque eu tb quero pôr o rabo no banco dessas ditas instituições de renome, não com o intuito de aprender muito mais do que poderia fazer noutro sítio qualquer, mas para poder ter o proveito da fama já que tenho o proveito do trabalho. E vai ser para bem breve. Depois, não me importo de ter o trabalho, a fama e o dinheiro associado ao mesmo. Mas agora, chega. Tou farta. Agora deixem-me trabalhar para mim, e entretenham-se com os líricos intelectuais afamados. Afinal eles é que sabem, certo? Então "prontos", como diria o outro. Preciso acabar a tese, deixem-me em paz. Vão lá ter com os vossos amiguinhos sabichões. Tou danada!!!!!!! E preciso de pôr uma rolha na boca do meu orientador que volta e meia, hoje foi a terceira vez, me acena com novas oportunidades nessas tais instituições de renome, e fico irritada, porque nem ele entende que só consigo fazer uma coisa de cada vez e tudo a seu tempo! E se ele soubesse o quanto eu detestei o pessoal com quem me cruzei e que vinham precisamente dessas tais instituições top. Oh oh....Houve de tudo, mas a maioria é um bando de líricos que não sentem nem vivem o que estudam e com uma falta de flexibilidade mental pavorosa. Mas que conhecem as teorias, conhecem! lá isso, nada a dizer. Um rigor que até doi mas depois na prática, ninguém lhes pode tirar o ponto do "i", nem a ordem da frase senão cai o carmo e a trindade. Não vai o catedrático dizer que está mal e levarem no rabinho. Odeio gente sem ambições. Mas eu hei de lá ir, para inglês ver. Dá sempre jeito para abrir portas e diga-se o que se quiser, vive-se muito de aparências, lá e cá, graças a deus. Tou farta de maus negócios e tou a ficar velha para ser levada por lorpa.
Tentativa Extrema
Power Plate...cá vamos nós. Começamos amanhã para além do treino que foi reforçado. Ou eu perco 5 kilos até ao verão, ou não me chamo o que me chamo. Bolas pá.
E claro: repetir mil vezes ao longo do dia, como se fosse castigo:"fecha a boca, fecha a boca, fecha a boca..."
E claro: repetir mil vezes ao longo do dia, como se fosse castigo:"fecha a boca, fecha a boca, fecha a boca..."
28 de fevereiro de 2011
Amanhã
Vou mudar de vida. Relógios a postos porque a partir de amanhã, inicio um novo ritmo de vida porque esta coisa de ir ao ginásio 4 vezes por semana e engordar 3 kilos desde o Natal, não está com nada. Sinto aqui a presença de muitos docinhos, directamente vindos da casa do gajo. Portanto isto está a correr mal e eu detesto sentir que estou a perder o controlo. Vai contra os meus genes. Portanto, amanhã inicio um novo plano de austoridade. Mas lá no fundo, lá no fundo, sinto saudades do tempo em que andava a pé para me deslocar ao local de trabalho. Aí Bruxelas, Bruxelas, bons velhos tempos...Aqui come-se mais, anda-se menos e pronto. É inevitável. Raios para a minha veia comilona...fecha a boca mulher e corre! tá dito.
....
Saudades
Nómada em estado puro
Quando me divorciei decidi que iria ser nómada por uns tempos. No início foi por necessidade de sobrevivência, mais tarde virou um hábito imposto pelas circunstâncias exteriores, e hoje faz parte de mim. Quando mais o tempo passa, olho para trás como se de outra vida se tratasse, outra eu, outras pessoas à minha volta, outra visão da vida onde uma vida com hábitos, regras e formalidades deixa-me em pânico. A dor da perda e a vivência do vazio foram vividos com tamanha intensidade que hoje tudo que possa inspirar estabilidade causa-me arrepios. E isto porque esse sentimento já foi vivido com tamanha certeza e foi derrubado com tamanha violência que, para mim, a vida acontece apenas todos os dias, desde as pequenas coisas às grandes revoluções. Passei a não temer as grandes mudanças, mas deixei de as planear ao milímetro. Penso nelas, mas não as desejo como se fossem o fim último. Para mim, elas são apenas o culminar de uma transformação e de uma realização que se quis lenta, e progressiva. Odeio que me imponham metas porque temo sempre o vazio que se segue às mesmas. Daí eu adiar sempre o fim das tarefas agradáveis que me dão para fazer. Temo sempre o day after. Temo que nesse dia, eu não me reencontre ou não encontre o sentido à vida. Porém, no fundo, sei que desejo (voltar a) ter certezas e que elas me fazem feliz porque balizam o meu ego no campo da estabilidade e me dão a segurança que necessito. Esta é a contradicção lógica de quem já perdeu muito, e de quem não quer voltar a perder de novo mas deseja que tudo faça sentido de novo como se de uma tábua rasa se tratasse, desejando, acima de tudo, que o passado não volte nunca mais.
Ainda a respeito do Black Swan...
Gostei deste filme pela intensidade das emoções lá retratadas. A sensação do abismo e da ausência de referências quando somos arrancados para um desafio intensamente e longamente desejado, mas que põe em causa as nossas próprias limitações enquanto pessoa humana que somos. É pois um processo de (re)descoberta alucinante em que tudo à nossa volta é observado e inquirido ao mais ínfimo pormenor e em que passamos a desconfiar de tudo, dos outros e da nossa própria sombra, porque assolados pela insegurança e pela busca da perfeição (que só existe na nossa cabeça). Esta caminhada retrata um turbulento processo de redescoberta, processo este que no filme é levado ao extremo da sua vivência. Como eu entendo aquela sensação, aquelas paranoias, aquela loucura imaginária. Foi por tê-la vivido na 1ª pessoa que achei o filme "intenso" porém "assustador". Para outras pessoas, este filme não terá sido nada demais. Será mesmo um retrato algo paranóico de uma miúda frágil e insegura, cujo potencial foi levado ao extremo da morte auto-infligida (ou não), ou seja, a um acto transloucado de pura demência momentânea....mas eu não o vi assim. Mesmo assim, para mim, está claro que esta busca da perfeição é saudável e legítima desde que ela nos leve mais longe no nosso crescimento e nos traga segurança e maturidade mas nunca a morte.
24 de fevereiro de 2011
18 de fevereiro de 2011
Densidade
Densidade. Adoro a densidade nas pessoas e nas pequenas coisas que me rodeiam. Pequenos nadas, pequenos gestos, pequenos rasgos que tecem imediatamente a fronteira entre o sentido e a ausência do mesmo. Adoro sentir, lidar com gente que possuiu densidade. Densidade de vivências singelas mas profundas, aquelas que marcam a alma conferindo-lhe uma identidade. Um sentir espesso solto numa voz grave, profunda, mas serena. Um sorriso maduro esboçado no aconchego do tempo que já foi agre e doce, tímido e inseguro, mas que hoje se expressa com força e firmeza. A profundidade de um toque, de um abraço, de uma entrega que acontecem na eloquência do silêncio mais profundo. É esta profundidade que eu aprecio e que me fascina. É esta densidade humana que transforma a(s) dor(es), a(s) ruga(s) e a(s) perda(s), em momentos de "crescimento" que poucos sabem testemunhar, mas que eu sei apreciar.
14 de fevereiro de 2011
4 de fevereiro de 2011
.....
27 de janeiro de 2011
21 de janeiro de 2011
Sexta
Dizem por aí que é Sexta, mas a mim cheira-me que vou ter um fim de semana em grande a trabalhar porque tive uma semana má, péssima, para esquecer. Andamos com dores de cabeça todos os dias, e com os nervos à flor da pele. Deixo aqui a cadeira para quem se quiser sentar nela ao sol, nestes dias frios (mas risonhos) de fim-de-semana.
13 de janeiro de 2011
Aquele abraço
Existe apenas um abraço que me sabe sossegar. Aquele abraço portador de paz. Um abraço apenas. Esse abraço é teu. Ontem, cair no teu abraço foi como parar para o mundo. É uma sensação de reconforto, de aceitação e de protecção sem cobranças nem juízos de valor. É parar para falar, conversar sobre aquilo que me preocupa e retomar a batalha. É bebendo nos teus braços, feita criança, que me (re)encontro para (re)nascer como mulher.
10 de janeiro de 2011
Os limiares da vida
Face ao (tão comentado e noticiado) caso Carlos Castro, só me apetece dizer que há situações tramadas na vida. Aquelas situações que têm a capacidade de nos transformar em algo que nunca, mas nunca imaginaríamos. Situações-limites, aqueles breves segundos de loucura onde se joga o tudo ou o nada, numa vida supostamente tranquila e pacada, em que se deita tudo a perder. Tudo, mas tudo mesmo. Tudo e por vezes por tão pouco. São apenas aqueles breves segundos em que carregamos o Diabo ao colo e perdemos a cabeça. Isto dá que pensar. Sobretudo tendo em conta que qualquer um de nós poderia ser o (alegado) assassino e a (incontornável) vítima mortal. Ninguém está isento de culpas nesta história. O certo é que o final foi trágico para ambos.
7 de janeiro de 2011
Constatação (com barbas)
Há pessoas que não sabem ser pacientes nem compreensivas. Gostam de jogar sempre pelo seguro. Como tal criticam facilmente. Não gostam de correr riscos por ninguém. Como tal preferem ignorar a realidade. Enfrentá-la seria demasiado penoso. O mundo cor-de-rosa é sempre mais aprazível. No fundo, escondem um carácter inseguro e muito pouco audaz. São pessoas assim, retrógradas, direi mesmo optusas que povoam aqui e ali a minha vida. Hoje foi o dia, mas contra isso, não há nada a fazer. É seguir caminho e lamentar que assim seja.
5 de janeiro de 2011
Missão 2011
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