11 de outubro de 2010

Crise

Crise é um eufemismo que rapidamente caírá em desuso (quando o FMI cá entrar) para qualificar um país onde a incompetência roça a ignorância e a inconsciência. Desde que cá cheguei, quem está em crise sou eu. Não consigo acompanhar o país que me rodeia. Desde que cá cheguei, as minhas perspectivas de futuro reduziram drasticamente. A minha bolsa de estudo foi-me retirada e o meu ordenado mingou. Contingências do momento dir-me-ão alguns? pois eu respondo que não. Sinto-me estranha a tudo isto. Sinto-me desorientada, e sei que perco tempo num esforço quase que inútil a procurar referências numa orientação necessária, porém incerta. Bolas pá. Merecemos muito mais que isto. Eu, pelo menos, sei que mereço mais. Pelo menos sei que não quero apenas isto. Ainda estou a digerir tudo isto mas hei de encontrar uma resposta, a minha, para lidar com esta situação. E quando penso que sou uma privilegiada da sociedade, ainda fico mais doente. Enfim. Nem sei que diga mais. O pior ainda está para vir e não sei. Não sei de nada.

1 comentário:

  1. Tens razão Sandrina, o que se está a passar é um atentado à inteligência... O Estado deixou de respeitar os contribuintes. As pessoas perdem os direitos e estão obrigadas a pagar tudo, enquanto eles em silmutâneo gastam à maluca sem nenhum controle ou regra. Não há presente e o futuro está cada dia mais incerto... Está dificil uma saída, a classe politica não tem capacidade e o povo vai-se entretendo com o futebol e telenovelas...
    Não existe oposição politica os jornalistas pactuam com o estado e o nós com o nosso silêncio e passividade habituais vamos "andando por aqui"

    Eu vou contestando sempre que posso mas vejo que
    não chego a lugar algum!

    Bjos

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