11 de fevereiro de 2010

10 de fevereiro de 2010

"Cresce e Aparece"


"Cresce e Aparece": foi o que repeti, vezes sem conta, de mim para mim.
Porque os desafios estão aí para quem os quiser enfrentar, com as dificuldades, com as quedas. São eles que nos levam mais longe. Portanto há que levantar o rabo e andar, correr. Correr atrás do que se quer, do que se acredita. Não há aqui soluções milagrosas.
De nada vale lamentar, de nada vale queixar-se. Não há tempo para choro, para tristeza pequena. A vida está aí: é correr atrás. Quem perder a corrida, perde tudo e fica mais pequeno. Quem trabalhar, ganha. Quem reagir, improvisando, ganha a batalha. O jogo é duro, mas é assim. Ponto. O segredo está no trabalho e na perseverança.

9 de fevereiro de 2010

Ainda a propósito deste filme

Ainda a propósito deste filme, "Up In the Air", e porque a minha amiga Lola [http://blue2lola,blogspot.com ]levantou um pouco o véu do mesmo e muito bem, gostava de dar a minha visão do filme.
Eu vi o filme e confesso que fui pelo George Clooney, um homem que acho bonito e interessante. Na verdade, fui para relaxar.
Vi o filme e achei-o super real. Retrata muito bem a realidade de hoje, a vida ilusória de uma vida passada fora de casa, a viajar, conhecendo meio mundo, coleccionando milhas e bónus por ter acumulado distâncias medidas em milhas e pouco mais. É a quantificação,como objectivo máximo, cego, em detrimento da qualificação, dos objectivos com propósito.
O filme retrata uma vida vivida "sem bagagem", uma vida cómoda, tranquila, onde tudo pode ser dispensado em nome da comodidade e do pragmatismo da vida moderna.
O filme fala-nos de uma vida recheada de cartões magnéticos que nos dão acesso a tantos lugares e sensações de sonho, sensações que achamos superiores a uma vida pacata vivida na nossa terrinha.
A verdade é que quando se olha para dentro, porque chega um momento em que se olha para dentro, depois de ter provado as sensações mirabolantes que as viagens pelo mundo nos proporcionam, apercebemo-nos que experimentamos muito sem nunca ter realmente vivido, sem nunca ter criado raízes, sem nunca ter criado as condições necessárias para que uma relação fosse real, sentida, de carne e osso, com tudo de imperfeito que ela possa comportar.
Olhamo-nos ao espelho e apercebemo-nos que conhecemos tanto mas não somos nada, ou pouco. Subitamente, a nossa experiência cabe toda numa mão, e pouco tem para oferecer: fica mais leve que uma mochila.
Somos muito sem sormos nada. Percorremos o mundo, recheamos a nossa vida com a vida dos outros, as nossas memórias são feitas de pedaços soltos que não formam uma imagem coesa, com sentido. Somos um dos muitos retalhos da manta universal.
Ao viajarmos, alargamos os nossos horizontes, aprendemos a dar-nos valor, adquirimos "hábitos" que nos valorizam, que nos dão um conhecimento da realidade mais vasto, que nos permitem ver mais longe, que nos permitem desfrutar prazeres que não seriam possíveis em casa, mas no fim de contas, será que fizemos a diferença? Onde está o nosso contributo real à vida? Onde está a nossa marca? Onde? Na vida de quem?
Chega um momento em que nos apercebemos que estivemos de passagem, na vida dos outros e na nossa. Multiplicamos encontros, mas nem sempre ficamos mais ricos. Muitas vezes sim, mas muitas vezes não.
Ao viajar, descobrimos também a fragilidade emocional do ser humano, porventura a nossa fragilidade, a angústia da solidão que acaba por chegar.
Confesso que vi o filme, e fiquei com medo: com medo de que a ilusão da descoberta de outros mundos me afaste do meu mundo, medo de ser refém de um mundo sem definição, sem textura, sem cor, sem densidade humana.
Para mim, conhecer o mundo e, não pertencer a sítio algum, é a verdadeira contradicção da riqueza e profundidade humana, sem marcos.
Conhecer o mundo, não ter amarras, conhecer gente nova, não ter responsabilidades para com terceiros é algo de muito gratificante, mas não poderá nunca ser um objectivo de vida, para todo o sempre. Não acredito que alguém seja feliz assim. Não acredito mesmo. Todos nós precisamos de ter uma cidade, uma casa, uma família (boa ou má), amigos (bons ou maus) que digam, só por existirem, quem nós somos.
É (muito) bom poder partir, mas ainda é (muito) melhor poder regressar, sabendo que pertencemos a algum lugar e que, algures, alguém conhece-nos melhor que ninguém.

És a minha força

Não gosto muito de dissertar sobre isto porque os sentimentos são feitos para se sentir e não para se explicar ou muito menos para se publicitar.
Contudo, tenho de reconhecer e tenho de dizer aqui, sem rodeios, que és a minha força, a minha âncora, o meu ouvido, o meu consolo, a minha palavra amiga em todos os momentos da minha vida. Somos muito diferente um do outro, uma década nos separa, e no entanto, és o meu tudo e sem ti não estaria onde estou hoje e nen sonharia em estar noutros lugares no futuro.
Hoje foste o meu consolo, como sempre, como és todos os dias, mas hoje um pouco mais.
Obrigada por estares aí hoje, ontem e amanhã. Sem ti, não seria a mulher que sou hoje.
Obrigada.
Obrigada por saberes tão bem das minhas fraquezas e por me ajudares a fazer delas as minhas forças.

Os meus sonhos são assim

Espanto? Porque?

Detesto, odeio, repugno, altero-me quando me fazem uma cara de peixe cagoto de boca aberta sempre que afirmo ser Portuguesa quando me perguntam pela minha nacionalidade em terras estrangeiras, seja no meio académico ou no meio social.
Desatino. Não acho graça nenhuma a esse ar de espanto.
Para quê esse espanto? Disse alguma asneira? Não posso ser Portuguesa? Why? Não poderia estar aqui, falar aqui porque sou Portuguesa?
Que significado hei de atribuir a este espanto? A essa "cara de palhaço"? Desculpem, odeio ser agressiva, nem gosto de ofender ninguém, mas não gosto de provocar espanto como se eu fosse um caso anormal da realidade Portuguesa.
Porque raio não poderia eu estar fora do país a investigar? porque raio não poderia falar fluentemente 3 línguas e entender perfeitamente mais 2? Porquê? porque sou Portuguesa?? E? Será que tenho de aparentar marroquina, ter cabelo preto, limpar as escadas do prédio como ambição máxima profissional e quiçã ter bigode e pêlos debaixo dos braços para ser fiel ao protótipo da mulher Portuguesa?
Mas em que mundo vivemos? ou melhor, em que era?
Fico possessa, fico alterada, perco mesmo o Norte quando me deparo com situações destas.
Mas por outro lado, fico com semelhante gana, que luto com mais garra e mais força para ser mais e melhor que essa "gente" que sempre teve as oportunidades à mão de semear, e isto, só por ter nascido "num país civilizado" (se querem um cliché, eu tb tenho o meu).
Acho tudo isto ridículo no mínimo, para não dizer mais....

8 de fevereiro de 2010

E cá vão 2



Duas constipações "in a row", ou seja, uma atrás da outra. Uma flamenga e outra escocesa que é para ninguém ficar com ciúmes.
Os meus olhos mal abrem e a minha garganta tem arame farpado.
Esperemos que uma noite de sono faça milagres...a ver vamos.
Até amanhã.

7 de fevereiro de 2010

Cá estamos



Pois bem, depois de ter feito as limpezas, feito as compras e ter-me habituado aos truques muito caseiros que vão desde o duche com mil botões, um sistema de som instalado na casa que me faz ter miragens pelos sons que surgem do além, e uma máquina de lavar e secar com mil programas e uma placa com sistema digital que requer alguma concentração para aquecer um pouco de água, cá estou, rota. Hoje mal me conseguia levantar com dores no corpo todo.
Por cá, era dia de futeball e mal pus os pés na rua, meninas, resmas de gajos de saia: iam ao futeball assim trajados. Era um jogo contra a França. Giro. Nunca tinha visto semelhante coisa. Saias e bandeiras da Escócia pelas ruas.
Apesar dos momentos menos simpáticos que esta aventura fora de casa me tem reservado, tenho de reconhecer que sou uma sortuda pelas oportunidades que a vida me tem dado. Sinto-me uma privilegiada e tenho perfeita noção disso.
Tenho é de pegar no meu caderninho e na minha máquina fotográfica - digital, mas sem manias - para um dia mais tarde recordar estes momentos, únicos.

Nota 1: mesmo assim, não me importava de passar aquela parte em que um saco de água arrebentou na minha cama, inundando a cama e edredão. Estão a imaginar, não estão. Faz parte da coisa...rrrrrrrrrr
Nota2: aqui trabalha-se até ao Domingo. Fazem-se buracos para o novo metro até ao Domingo (vai haver eleiçõs cá este ano...pequeno pormenor) e as lojas todas estão abertas. TODAS. E cá o comércio, ginásio abrem às 6h30...coisa pouca...Dasse...

5 de fevereiro de 2010

E pronto


Mala feita, coração ao alto, torcendo para que amanhã seja o início de algo de muito positivo.
A ver vamos.
O caminho é para a frente.

Roncar...só me apetecia roncar....

Hoje é suposto ser Sexta, mas para mim, não é...Amanhã temos uma nova aventura em terras Escocesas. E tá a andar...