2 de dezembro de 2010

E passados dois meses.....


Continuo a achar que regressar a casa foi o melhor que me aconteceu nesta fase da minha vida. Tive um pequeno mês de adaptação que se revelou mais complicado pelo facto de ter de gerir várias tarefas ao mesmo tempo e num curto espaço de tempo, mas um mês foi mais que suficiente para aprender a gerir esta maré de emoções fortes. A descoberta do mundo lá fora é fabulosa, o contacto directo e constante com a novidade é estimulante e agradável. Contudo não faltaram os momentos de extrema solidão, os dias (excessivamente) longos passados a sós, em tête à tête comigo mesmo e mais ninguém. Esses dias, não os esqueci. Ainda não me esqueci dessa dor lacinante que, vezes sem conta, amaciei com a palavra "amor" . Agora de regresso, sinto que fiz falta, que a minha ausência fez-se notar e que fui certamente lembrada e relembrada com muito amor e com muito carinho; porventura naqueles momentos em que eu também "chorava" silenciosamente do outro lado de lá. Volvidos dois meses sobre o meu regresso, ainda não me cansei de acordar todos os dias com o brilho deste sol tão português, tão nosso, mergulhada no frio que aprendi a não temer, e com todos aqueles que amo, agora bem perto de mim. É bom demais. O mundo lá fora há de me fazer falta, mas não para já. Tudo a seu tempo. O "meu mundo" é demasiado pequeno e precioso para me (voltar a ) perder num mundo demasiado grande e impessoal.

Sem comentários:

Enviar um comentário